Tuesday, October 18, 2005

Fominha

Garrincha nunca pensara no futebol em termos de dinheiro. Ou em quaisquer outros termos. Não gostava de conversar sobre futebol, nunca viera ao Rio para assistir a um jogo e nem mesmo ouvia as partidas pelo rádio. Torcia vagamente pelo Flamengo - mas apenas porque, quando tinha seis anos, em 1939, o Flamengo fora campeão carioca com Domingos da Guia, Leônidas e Zizinho, de quem todo mundo falava. Em 1950, o Brasil perdera a Copa do Mundo, em pleno Maracanã, e ele nem lembrara de ouvir o jogo pelo alto-falante armado na praça. Foi pescar e, na volta, encontrou Pau Grande inteira chorando. Quando ficou sabendo por quê achou uma bobagem. O futebol só era bom pra jogar.

[Estrela Solitária - um brasileiro chamado Garrincha. Ruy Castro, Companhia das Letras, 1995]

Esse foi aquele cara todo TORTO, alguns chamavam até de aleijado, que não queria saber de ganhar as partidas nem de fazer gols. Queria apenas driblar loucamente, inclusive na direção de seu prórpio gol. Num jogo do Botafogo na Europa, o técnico Zezé Moreira pediu para o time segurar a bola no fim do segundo tempo. Quando a pelota caiu nos pés de Garrincha, ali ficou durante cinco minutos, até o apito do árbitro.

3 Comments:

Blogger douglas said...

Garrincha e Maradona foram os maiores heróis do futebol, tão trágicos quanto cômicos. Sempre geniais no campo.

Pelé foi o atleta mais completo, mas muito sem graça. Coisa mais cafona aquela de suar em forma de coração.

Tá, tudo bem, ele pegou a Xuxa, mas foi só isso.

9:25 AM  
Anonymous Anonymous said...

Quem é que quer pegar a Xuxa?

5:38 PM  
Blogger douglas said...

Pelé deveria ser processado por abuso de pessoa PORTADORA DE DEFICIÊNCIA MENTAL.

Mas que foi massa aquele baita negrão pegar um SÍMBOLO DA INFÂNCIA BRASILEIRA, ah, isso foi.

Só pra lembrar: Xuxa e Sérgio Malandro são os responsáveis diretos pela delinqüência juvenil de hoje.

8:26 AM  

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