Saturday, June 07, 2008

Façanha. Modelo. Toda a terra

Fosse eu Editor-Chefe de um jornal que circulasse no Rio Grande do Sul, a manchete de hoje seria "Adeus" ou "Acabou tudo".

Quinta-feira à noite conversava com a Aline sobre a minha total descrença na política institucionalizada. Nenhum quadro ou partido merece o mínimo de confiança. Quem não é burro é corrupto. Quem não é corrupto é grotesco. Mas não pensem que desisti de acompanhar a Política. Eu simplesmente adoro escarafunchar no noticiário. Leio todos os dias, religiosamente. Mas leio como se fosse a Caras, para saber das pequenas e grandes traições, dos fiascos, das lambanças. Me divirto muito e bem pouca coisa me indigna. A única diferença é que, ao contrário das celebridades, os políticos influem diretamente na nossa vida. Mas também é verdade que nos representam da maneira mais fiel possível. Se vivemos num país miserável e com graves falhas de caráter, nada mais justo que assim sejam nossos representantes.

Pensando melhor, não é o fim de tudo. É apenas mais um capítulo. Fossem os políticos gaúchos pessoas com um mínimo de caráter teriam todos subido num barco rumo à Patagônia. Não ficariam por aí dizendo coisinhas graciosas, como se as declarações daquele boca torta do Busatto pudessem ser circunscritas a um fato. Não podem. As declarações dele são o mais abrangente painel que alguém já delineou da estrutura política gaúcha.

Tou aqui de pantufas adorando ver o Estado arder. Me sentindo um FILÓSOFO. Pela extrema negligência e nenhuma vontade de mudar nada, um filósofo bem brasileiro, é verdade.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

a analogia com a Caras pode parecer trivial, mas é muito boa. é o que fizemos com a Política. no futuro lerão manchetes aleatórias, muitas fotos e legendas, na ante-sala do dentista. na saída nem lembram mais da dor de dente.

2:54 PM  

Post a Comment

<< Home