Quase manchete
Domingo à noite, por volta das 23 horas, estava eu dirigindo pela Osvaldo Aranha, quase deserta. Perto da Redenção, três pessoas iniciam os movimentos indicativos de que pretendem atravessar a avenida. Eu venho a 60 por hora, a uma distância segura, mais de 100 metros. As duas primeiras pessoas atravessam a rua, mas uma terceira resolve parar. Eu reduzo a velocidade, mas continuo me aproximando. O cara movimenta-se como se fosse voltra e eu desvio o carro para a pista da esquerda. Mas o desgraçado volta e se lança para a frente, começando a gingar na frente da massa de metal. Apavorado, não sei o que fazer. Foi tudo muito rápido, não dava tempo de parar. Tenho medo de escolher o lado errado - o mesmo que o palhaço - e acontecer o pior. Quando o carro chega bastante perto, o cara salta fora. O pavor extremo me dá uma pontada na cabeça.
De todas as situações que já enfrentei envolvendo trânsito e carros, esta talvez tenha sido a mais traumática. Mais do que quando uma moto se jogou na minha porta a 80 por hora, acho que pior do que quando um drogado do inferno me enfiou um 38 na cara numa distância que me permitia enxergar as balas no tambor. Porque o abobado se colocou na frente do carro, gingando, pedindo para ser esmagado, mesmo contra a vontade do condutor. Mais do que acabar com sua própria vida de merda, é possível que ele conseguisse avacalhar com a minha. Nunca conheci ninguém que acreditasse na inocência de um motorista homicida, muito menos creio que seria possível não ter a vida profundamente perturbada por isso.
Infelizmente, o engraçadinho me pegou com a companhia certa, porque tão logo fiz menção de parar o carro e forçar um retorno, me lembrei de quem estava ao meu lado. Tivesse sozinho ou acompanhado de outro BAGACEIRO, caro suicida filho de uma puta, teria voltado e te agarrado pela cabeça, batendo tua cara e teus dentes no asfalto até tu aprender que, sim, o absurdo é infalível e sempre nos surpreende, mas às vezes ele pode ser um pouco menos engraçadinho. E pra tu aprender que da próxima seria melhor brincar de pendurar uma corda no teto, colocar o teu pescoço no laço e dançar sobre uma mesa, porque eu não me importo nem um pouco com o lixo de pessoa que tu é e menos ainda com a pocaria da tua vida, mas apenas não quero ser o avalista do teu desfecho patético e muito menos quero ter minha vida estragada por uma flash mob de uma bicha histérica numa noite qualquer de uma porra de ano qualquer. Desgraçado.
De todas as situações que já enfrentei envolvendo trânsito e carros, esta talvez tenha sido a mais traumática. Mais do que quando uma moto se jogou na minha porta a 80 por hora, acho que pior do que quando um drogado do inferno me enfiou um 38 na cara numa distância que me permitia enxergar as balas no tambor. Porque o abobado se colocou na frente do carro, gingando, pedindo para ser esmagado, mesmo contra a vontade do condutor. Mais do que acabar com sua própria vida de merda, é possível que ele conseguisse avacalhar com a minha. Nunca conheci ninguém que acreditasse na inocência de um motorista homicida, muito menos creio que seria possível não ter a vida profundamente perturbada por isso.
Infelizmente, o engraçadinho me pegou com a companhia certa, porque tão logo fiz menção de parar o carro e forçar um retorno, me lembrei de quem estava ao meu lado. Tivesse sozinho ou acompanhado de outro BAGACEIRO, caro suicida filho de uma puta, teria voltado e te agarrado pela cabeça, batendo tua cara e teus dentes no asfalto até tu aprender que, sim, o absurdo é infalível e sempre nos surpreende, mas às vezes ele pode ser um pouco menos engraçadinho. E pra tu aprender que da próxima seria melhor brincar de pendurar uma corda no teto, colocar o teu pescoço no laço e dançar sobre uma mesa, porque eu não me importo nem um pouco com o lixo de pessoa que tu é e menos ainda com a pocaria da tua vida, mas apenas não quero ser o avalista do teu desfecho patético e muito menos quero ter minha vida estragada por uma flash mob de uma bicha histérica numa noite qualquer de uma porra de ano qualquer. Desgraçado.
2 Comments:
hahahahaha.
que gente emo.
É pela possibilidade de casos assim que estou pensando em não dar mais carona para a minha namorada. Aí poderia COMPLETAR O SERVIÇO, fudhgudgs.
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