Friday, August 10, 2007

Bad trip

Old Bull, longe das enchentes e tempestades com suas agulhas e seus pós ao lado da cama e algodões e seringas e toda a parfernália - "Quando você tem morfina, você não precisa de mais nada, meu caro", ele me diz durante o dia, todo penteado e doidão, sentado em sua poltrona com alguns papéis, o retrato do contentamento saudável - "Eua a chamo de Madame Papoula. Quando você tem ópio, você tem tudo o que precisa. - Todo aquele O delicioso corre por suas veias e você tem vontade de cantar Aleluia!" E ele ri. "Se eu tiver que escolher entre a Grace Kelly e a morfina, fico com a morfina."

"A Ava Gardner também?"

"A Ava Gvavna e todas as outras gostosas em todos os países até agora - se puder ter minha M da manhã e minha M da tarde e minha M da noite antes de ir para a cama, não preciso nem saber que horas são no relófio da prefeitura..."

Jack Kerouac escravizado pela droga no México, apaixonado por uma prostitura viciada em tudo, no seu livrinho Tristessa. Na realidade, o nome da moça que o escritor conheceu em 1955 era Esperanza.

Tem bons momentos, mas em geral é muito chato. Em algum lugar entre o Budismo e a morfina, Sr. Kerouac se perdeu, e tudo que se poderia chamar de fluxo de consciência virou um desfile de relatos pueris e bobos sobre drogados e experiências místicas. Mau livro.

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