Consultoria
Precisando fazer hora, ontem à noite adentrei em um simpático supermercado Nacional. Momentos depois, surpreendo-me parado em frente ao freezer das cervejas, e percebo que é a hora exata para uma degustação. Minha intenção era manter relações com a Sol, para saber se teria alguma outra opção para o verão que se aproxima.
Como a representante da Femsa estava praticamente em temperatura ambiente e minha disposição voltava-se para motivos latinos, empunhei uma Puerto de Sol, da concorrente Ambev. A garrafa é bem bonita, transparente e serigrafada em vermelho. Tem até um mexicano transtornado.
Devo confessar que fiquei decepcionado com o conteúdo. Não havia comido nada e, ao tomar o primeiro gole, notei a ausência daquela deliciosa "mordida" no estômago. Ansioso, tomei o resto da garrafa em doses intermitentes, tentando puxar pelo sabor, que não veio. Terminada a degustação, fiquei olhando para a garrafa, imaginado que seria interessante colecionar embalagens long neck. É claro que não prometo nunca mais beber a tal cerveja, mas não entraria no mercado procurando por ela, como faço com uma Brahma Extra ou Heineken.
A cerveja foi vendida com a proposta de ser ingerida em dias quentes e acompanhar a culinária latina, mas isso não precisava incluir a total falta de sabor e "pegada". Não procede, portanto, a explicação do mestre-cervejeiro Daniel Baumann, que desenvolveu o produto, de que "a nova cerveja é ideal para ser degustada em dias quentes e harmonizando com a culinária latina. Por ser menos encorpada, combina perfeitamente com o tempero marcante da gastronomia latina e é perfeita para dias de sol”.
Quando finalmente provar a Sol, faço a réplica.
Como a representante da Femsa estava praticamente em temperatura ambiente e minha disposição voltava-se para motivos latinos, empunhei uma Puerto de Sol, da concorrente Ambev. A garrafa é bem bonita, transparente e serigrafada em vermelho. Tem até um mexicano transtornado.
Devo confessar que fiquei decepcionado com o conteúdo. Não havia comido nada e, ao tomar o primeiro gole, notei a ausência daquela deliciosa "mordida" no estômago. Ansioso, tomei o resto da garrafa em doses intermitentes, tentando puxar pelo sabor, que não veio. Terminada a degustação, fiquei olhando para a garrafa, imaginado que seria interessante colecionar embalagens long neck. É claro que não prometo nunca mais beber a tal cerveja, mas não entraria no mercado procurando por ela, como faço com uma Brahma Extra ou Heineken.
A cerveja foi vendida com a proposta de ser ingerida em dias quentes e acompanhar a culinária latina, mas isso não precisava incluir a total falta de sabor e "pegada". Não procede, portanto, a explicação do mestre-cervejeiro Daniel Baumann, que desenvolveu o produto, de que "a nova cerveja é ideal para ser degustada em dias quentes e harmonizando com a culinária latina. Por ser menos encorpada, combina perfeitamente com o tempero marcante da gastronomia latina e é perfeita para dias de sol”.
Quando finalmente provar a Sol, faço a réplica.
4 Comments:
eu não teria comprado uma cerveja cujo objetivo é "atender às expectativas de um público que valoriza cada vez mais o estilo de vida, cultura e valores latinos".
Bom mesmo é rum.
Folha de São Paulo
São Paulo, quinta-feira, 02 de novembro de 2006
Bebida
Novas cervejas antecipam verão no Brasil
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Gigantes ou micros, não importa. Com a proximidade do verão, fabricantes de todos os calibres começam a abastecer o mercado com novidades. Só em outubro, a Skol Lemon inaugurou no Brasil a categoria de cervejas feitas com compostos de frutas; a Sol injetou ânimo no mercado "mainstream" com uma nova fórmula; e o chope escuro da Brahma voltou mais cremoso e atendendo por Brahma Black.
Outro lançamento, mais modesto, tem história curiosa. Criada em 1912 a partir de uma receita dinamarquesa, a cerveja Therezópolis Gold foi produzida pela família Claussen na cidade fluminense até a Segunda Guerra. Mais de 50 anos depois, a fórmula foi redescoberta pela Cervejaria Teresópolis, que relançou a cerveja pilsen em julho, no Rio. Agora, chega a São Paulo em garrafas de 600 ml.
Já a gaúcha Dado Bier lança uma família de cervejas. Do tipo pilsen, a Original possui teor alcoólico médio (4,5%), um pouco inferior ao da Weiss, elaborada com maltes de trigo e cevada (5%). Do tipo bock, a Royal Black tem teor alcoólico elevado (5,5%), enquanto a Red Ale possui médio (5,3%).
Valeu, Walter. Vejo que tenho muito TRABALHO pela frente.
Ederson, apenas depois eu vi que havia uma BASE TEÓRICA SUADA. Incialmente, foi por curiosidade, mesmo.
Que culinária "latina" o quê! A culinária é BRASILEIRA e não "latina". Aqui é a culinária é outra, muito diferente das culinárias dos países hispânicos. Até porque a culinária brasileira tem forte influência portuguesa e de parte da África, diferente do que ocorre em outros países. Portanto nada a ver esse falso argumento da empresa em lançar uma cerveja para acompanhar a culinária "latina".
Parece que o Brasil gosta mesmo de ser colonizado. Antes era colonizado pelos americanos, agora parece querer ser colonizado pelos "latinos". Parece um país "zelig" (aquele personagem que mimetizava qualquer um que chegasse perto). Que ridículo.
Lá fora é muito comum o brasileiro se adaptar ao que acham que o brasileiro deve ser. Ele se fantasia de pseudo-brasileiro.
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