Wednesday, November 01, 2006

Consultoria

Precisando fazer hora, ontem à noite adentrei em um simpático supermercado Nacional. Momentos depois, surpreendo-me parado em frente ao freezer das cervejas, e percebo que é a hora exata para uma degustação. Minha intenção era manter relações com a Sol, para saber se teria alguma outra opção para o verão que se aproxima.

Como a representante da Femsa estava praticamente em temperatura ambiente e minha disposição voltava-se para motivos latinos, empunhei uma Puerto de Sol, da concorrente Ambev. A garrafa é bem bonita, transparente e serigrafada em vermelho. Tem até um mexicano transtornado.

Devo confessar que fiquei decepcionado com o conteúdo. Não havia comido nada e, ao tomar o primeiro gole, notei a ausência daquela deliciosa "mordida" no estômago. Ansioso, tomei o resto da garrafa em doses intermitentes, tentando puxar pelo sabor, que não veio. Terminada a degustação, fiquei olhando para a garrafa, imaginado que seria interessante colecionar embalagens long neck. É claro que não prometo nunca mais beber a tal cerveja, mas não entraria no mercado procurando por ela, como faço com uma Brahma Extra ou Heineken.

A cerveja foi vendida com a proposta de ser ingerida em dias quentes e acompanhar a culinária latina, mas isso não precisava incluir a total falta de sabor e "pegada". Não procede, portanto, a explicação do mestre-cervejeiro Daniel Baumann, que desenvolveu o produto, de que "a nova cerveja é ideal para ser degustada em dias quentes e harmonizando com a culinária latina. Por ser menos encorpada, combina perfeitamente com o tempero marcante da gastronomia latina e é perfeita para dias de sol”.

Quando finalmente provar a Sol, faço a réplica.